J. Pereira nasceu a 15 de agosto de 1972, em Frende, Baião. Com formação de base em História e Pós – Graduação em Arqueologia da Paisagem, encontrou nas artes uma outra forma de expressão. Desde 2006, realizou diversas
exposições, sobretudo, no domínio das artes plásticas.
Como artista, afasta-se da figuração, preferindo o trabalho intuitivo, o que lhe confere maior liberdade para exprimir e transpor emoções e pensamentos. A vibração e a força que transporta para o ato criativo revela-se nas diferentes
camadas de texturas, cores e formas que caracterizam a sua linguagem artística. A escolha dos materiais recai, essencialmente, sobre a tinta de vidro, o pastel seco, pastel de óleo, acrílico e carvão. No entanto, alguns dos seus trabalhos têm uma marca pouco convencional, sobretudo na construção de esculturas/ estruturas efémeras, com recurso a elementos reutilizáveis, como o plástico, o cartão, o tecido, ou o ferro.
Máscaras, ou a arte de se “OUTRAR”, apresenta-nos uma série de obras em que se interpela, sobretudo, o incognoscível, que cresce num tempo em que o controlo que os indivíduos têm das suas vidas se dilui numa precariedade inaudita, e em que a emergência de outros “eus” surge como resposta inevitável.
As máscaras, que ocultam e revelam, convidam-nos à encenação de cada um que permanentemente se interroga ao espelho sobre a máscara que se sente ser e a que, por vezes, tenta arrancar, consciente de que debaixo dessa haverá outra, e ainda outra, num jogo que se situa entre a ordem do SER e a ordem do parecer.
Esta exposição, de entrada gratuita, surge no âmbito da programação do Festival da Catraia – Open Call Artistas da Catraia 2023 – e decorre no espaço público Largo da Fonte, entre os dias 24 e 27 de agosto.